PARIS É UMA FESTA, vi e vivi
Paris é, de fato
um templo cujas portas estão abertas para quem se sensibilizar com a beleza, os
valores civilizados e o prazer dos sentidos. “Paris”, escreveu Henry James, ‘é o maior
templo jamais construído para os prazeres materiais e a luxúria dos olhos”!
E os
restaurantes e cafés parisienses exalam charme, são lugares cheio do histórias,
bem mais que simples locais para comer ou beber, mas lembre-se que os bolsos
ficarão consideravelmente mais leves depois da refeição.
La Coupole (102
Boulevard du Monparnasse) é sem dúvida o meu restaurante favorito e foi centro
da vida artística e intelectual de Paris, frequentado por Sartre, Simone de
Beauvoir, Camus, Picasso, Dalí, Edith Piaf, Hemingway, Henry Miller, Mário
Vargas Llosa, Buñuel e tantos outros. Há uma linda escultura no centro do salão
art déco que lembra “A Dança”, do Matisse, de 1910, mas na realidade é de Louis
Debré.
Vitória de
Samotrácia. Mona Lisa. Louvre. Já li que há tantos objetos em exposição que, se
você perder meio minuto em frente a cada um, demorará três meses, dia e noite,
para ver toda a coleção. Mas, é terça-feira e ele está fechado! Então,
aproveite para almoçar no Au Pied de Cochon, próximo ao museu e que se orgulha
de nunca fechar sequer no Revéillon, e é verdade eu fui conferir.
Chartier, 7
Rue du Fauborg – Montmartre, um restaurante pitoresco de 1896, bom e
barato! Os garçons anotam seu pedido e fazem a conta ali mesmo na toalha da
mesa, num ambiente belle époque.
Há também o Le
Procope, parada obrigatória, fundado em 1686, é o restaurante mais antigo
de Paris, ao lado do La Tour d’Argent que alega existir desde 1582 (e que
merece um capítulo à parte por ser o mais icônico de Paris). Por lá passaram
Voltaire, Rousseau, Robespierre, Napoleão... prove os escargots de Bourgogne,
o tradicional coq au vin e o baba au rhum maravilhosos.
Agradáveis
orgias gastronômicas, caro leitor.
Bistrot de Paris
uma joia art nouveau, logo ali o Gainsbarre, a Maison Gainsbourg,
idealizada pela filha Charlotte Gainsbourg, que mostra a vida e obra de Serge
Gainsbourg, em detalhes, há até cinzeiros cheios de pontas de cigarros, um
ícone da música e da cultura francesa.
Sem olvidar do
charmoso Maison de La Truffe e, depois ficar na doce dúvida dos sabores
da Fauchon, ambos ao lado da Madeleine.
Não posso deixar
de mencionar o Le Jules Verne que é imperdível, localizado na segunda
plataforma da Tour Eifell, comida excelente, com magnífica vista de 360
graus de Paris, mas convém fazer reserva.
Por fim, permanecer
horas sentada em um café parisiense - os meus favoritos são Café Les Deux
Magots ao seu lado o Le Flore, Fouquet’s e o Café de La Paix –
tomando um café, um excelente vinho, conversando, escrevendo... e, pensando que
a vida é merveilleuse.
Me lembra Hemingway.. “Paris é uma festa “.
ResponderExcluirMuito obrigada!
ExcluirParis e bela Paris . Na Segunda Grande Guerra, o militar Chefe da Alemanha mandou uma ordem: "não destruam Paris ". Fui mais de 40 vezes para a França. Os "cafés " estão cheios na minha memória. Há muitos mais. Paris e a Capital de Vinho eu viajei na maioria das vezes de trem. Fui a Versalhes uma 06 vezes e passeio no Castelo um monte de vezes. Na Copa de Mundo da 98 eu vivi na "balbúrdia " do momento. Eu li o que você escreveu e só posso agradecer a você por trazer a memoria coisas tão belas. Muito obrigado. Você é sensacional.....
ResponderExcluirMuito obrigada!
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