SHAKESPEARE, UMA PAIXÃO
Com efeito, se houvesse um Olimpo de escritores, com certeza, Shakespeare lá estaria obviamente com as reservas e intrigas pessoais e políticas que isso ocasionaria. Gênio. Não foi um bom drama apenas, que ele escreveu, mas várias peças geniais.
Quem nunca se emocionou as célebres obras “Rei Lear”, “Hamlet”, “Otelo”, “Macbeth”, “Henrique V”, “Mercador de Veneza”, “Falstaff”. Ou viu o tocante, sonhador e contemplativo príncipe dinamarquês “Hamlet” (1948), protagonizado e dirigido por Sir Laurence Olivier, lenda do teatro e do cinema como prestigiado intérprete de William Shakespeare; ou ficou fascinado com a surpreendente intimidade do herói-vilão “Ricardo 3º” (1955) também protagonizado e dirigido por Olivier, extremamente bem-humorado, e ao mesmo tempo violento, que deixava o público refém de suas cruéis e pérfidas maquinações para assumir o trono da Inglaterra. Ou um Henrique V, novamente protagonizado por Laurence Olivier, conclamando seus homens a lutarem com garra, colocando de lado as distinções sociais, ao dizer “Nós, estes poucos; nós, um punhado de sortudos; nós, um bando de irmãos... pois quem hoje derrama o seu sangue junto comigo passa a ser meu irmão. Pode ser homem de condição humilde; o dia de hoje fará dele um nobre.”
“A vida não
passa de um conto, narrado por um louco, cheio de som e fúria, mas que nada
significa.”, assim descreveu Macbeth. Uma tragédia envolvendo fúria, ciúme e
assassinato. Não há também como olvidar de Orson Welles, dirigindo e
protagonizando Macbeth, Otelo e Falstaff.
Oh, e as
comédias...
Há uma crítica
de Bill Bryson, “Shakespeare – O Mundo é um Palco”: “O Gênio de Shakespeare não
tinha realmente a ver com fatos, mas com ambição, intriga, amor, sofrimento –
coisas que não são ensinadas na escola. Ele era dotado de uma espécie de
inteligência assimilativa, que lhe permitia costurar uma porção de fragmentos
disparatados de conhecimento, mas nada em suas peças fala de uma dura dedicação
intelectual. Nada que encontramos em Shakespeare trai qualquer conhecimento de
Tácito, Plínio, Suetônio ou outros. Isso é uma coisa boa – na verdade, uma
coisa muito boa – porque ele certamente seria menos Shakespeare e mais vaidoso
se fosse mais instruído.”
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